Gordura trans

 

As gorduras ou ácidos graxos trans começaram a serem usados em larga escala nos anos de 1980, com o objetivo de melhorar o paladar, a consistência e até aumentar o prazo de validade de alguns alimentos.

 

Ela é obtida a partir de óleos vegetais que são submetidos a um procedimento químico chamado de hidrogenação. No processo de hidrogenação, o hidrogênio é acrescentado aos óleos vegetais que se solidificam. O resultado é uma gordura mais grossa, que foi batizada com o prefixo latino "trans" porque, nesse processo, há um movimento de transformação no interior da estrutura molecular da gordura.

 

Fonte

 

A principal fonte de ácidos graxos trans na dieta é a gordura vegetal hidrogenada, utilizada no preparo de muitos produtos industrializados: sorvetes cremosos, chocolates, pães recheados, molhos para salada, sobremesas cremosas, biscoitos recheados, alimentos com consistência crocante (nuggets, croissants, tortas), bolos industrializados, margarinas duras e alguns alimentos produzidos em redes de "fast-food".

 

Também é possível encontrar alguma gordura trans na natureza (no leite e gordura de ruminantes como vaca e carneiro), por influência de uma bactéria presente no rúmen desses animais, mas a maior fonte é formada durante a manufatura de alimentos processados.

 

Recomendações

 

As gorduras trans são sintetizadas durante o processo de hidrogenação dos óleos vegetais. Os ácidos graxos trans aumentam o LDL (colesterol ruim) e reduzem o HDL (colesterol bom) - da mesma forma que outros ácidos graxos, aumentam os triglicerídeos, fazendo crescer assim o risco de doença cardiovascular e acidente vascular cerebral. A principal fonte de ácidos graxos trans na dieta é a gordura vegetal hidrogenada.

 

Leia os rótulos dos produtos

 

Com um maior controle sobre a alimentação humana, as autoridades em saúde determinaram que em rótulos viesse determinada a quantidade de gordura trans contida por porção. Essa quantia muitas vezes nem é notada pelo consumidor, e a principal causa é a falta de interesse e de informação. O Valor Calórico Diário, antes considerado 2,5 mil calorias, diminuiu para uma análise sobre 2 mil calorias consumidas.

 

Não há consenso em relação à quantidade máxima permitida na dieta, no entanto, recomenda-se que a ingestão de gordura trans deva ser menor que 1% das calorias totais da dieta diária, mas, qualquer quantidade por menor que seja já é prejudicial à saúde.

 

Fique atento

 

Apesar da resolução da Vigilância Sanitária que obriga os fabricantes de alimentos industrializados a declarar a quantidade de gordura trans em seus produtos, as indústrias usam uma brecha técnica para continuar a vender produtos com gordura trans e ao mesmo tempo utilizar indicações em suas embalagens declarando-os com "0% de gordura trans".

 

A brecha técnica funciona da seguinte maneira: se o produto contiver até 0,2g de gordura trans por porção, a ANVISA permite que a embalagem estampe a alegação "Não contém...", "Livre de...", "Zero..." ou "Isento de...". Isso permite que o próprio fabricante arbitrariamente escolha qual o tamanho de 01 porção de seu produto que fique abaixo de 0,2g. Um fabricante de biscoitos, por exemplo, pode imprimir em sua tabela nutricional que os valores de 01 porção equivalem a 1/2 biscoito, e assim induzir o consumidor a acreditar que esse produto não contém nenhuma gordura trans.

 

Uma maneira segura de comprovar a adição de gordura trans é a leitura da lista de ingredientes do alimento. Se contiver gordura vegetal hidrogenada, ou gordura vegetal, certamente contém gordura trans.

 

Atualmente alguns fabricantes estão substituindo a gordura hidrogenada pela gordura interesterificada. Estudos preliminares mostram que esta pode ser mais danosa à saúde do que a gordura hidrogenada.

 



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