Monitoramento ambulatorial da pressão arterial apresenta boa relação custo-benefício nos casos de suspeita de hipertensão infantil
 

Nova York - Pesquisadores do Texas relatam na edição de dezembro de Pediatrics que, na avaliação inicial da pressão arterial elevada em crianças, o monitoramento ambulatorial da pressão arterial (MAPA) é um meio que apresenta grande relação custo-eficácia para diferenciar a hipertensão estágio 1 da hipertensão do jaleco branco.

A propedêutica recomendada para as crianças que preenchem os critérios para a hipertensão estágio 1 inclui exames laboratoriais, bem como ultra-sonografia renal e cardíaca. No entanto, até metade das crianças com pressão arterial elevada apresentam hipertensão do jaleco branco durante o rastreamento, explica o Dr. Daniel I. Feig e colaboradores do Baylor College of Medicine, em Houston.

Embora o monitoramento ambulatorial da pressão arterial seja recomendado para diferenciar as duas condições, muitas companhias de seguro não reembolsam a sua aplicação em crianças, o que pode acarretar em excesso de exames e tratamentos desnecessários.

Os pesquisadores compararam os custos para 267 crianças encaminhadas em 2005 e 2006 para avaliação inicial da pressão arterial elevada, das quais 128 foram submetidas ao monitoramento ambulatorial da pressão arterial de 24 horas e 139 não. "A principal comparação foi a despesa adicional da realização do monitoramento ambulatorial de todos os pacientes versus a economia de custos por não realizar a ultra-sonografia renal e ecocardiografia para pacientes com hipertensão do jaleco branco isolada".

A soma dos custos por criança foi de US$ 1.265 no grupo sob monitoramento ambulatorial da pressão arterial versus US$ 3.420 para a propedêutica plena da hipertensão.

Com base na observação da prevalência de 46% da hipertensão do jaleco branco na coorte de pacientes, a equipe estima que o uso inicial do monitoramento ambulatorial da pressão arterial "produziu uma economia líquida após a avaliação de três pacientes, com uma economia projetada de US$ 2,4 milhões por 1.000 pacientes."

Nacionalmente, "a redução de custos poderia ser enorme", eles acrescentam.

"Espera-se que o conhecimento aprimorado de terceiros sobre o uso do monitoramento ambulatorial da pressão arterial na população pediátrica e a economia de custos atribuída, melhore o acesso a avaliações diagnósticas indicadas", Dr. Feig e colaboradores comentam.



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